quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O apetite de Sarney

A nova investida de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) contra a corrupção, que ele trata como “um tumor” que precisa ser “lancetado” em declaração ao blog do jornalista Josias de Souza ensejam uma reflexão sobre um acontecimento que continua nebuloso, pelo menos para o escriba que vos escreve.

Trata-se da cassação dos mandatos de senador de João Capiberibe e de deputada de Janete Capiberibe em fins de 2005.

A cassação, que já era nebulosa na época, ficou ainda mais depois que investigações da Polícia Federal concluíram que eram inconsistentes as denúncias feitas pelo PMDB do Amapá junto a Justiça e divulgadas pelo jornal Estado do Maranhão, de propriedade do senador José Sarney.

Por isso, a Justiça mandou arquivar as denúncias e o ex-senador João Capiberibe está acionando Gilvam Borges e o jornal de Sarney na justiça e recorrendo junto ao STF com base na sentença que o absolve não para reaver seu mandato, mas para que seja reparada a injustiça cometida contra ele e Janete.

Jarbas menciona a Josias, por exemplo, “um flagelo que infelicita os governos estaduais e também o federal: o assédio dos partidos às arcas do Estado”.

"Por que determinados partidos procuram governadores e presidentes da República para pedir espaço em diretorias financeiras de estatais?”, pergunta Jarbas.

“Qual é a explicação lógica, a justificativa racional para que um partido como PMDB reivindique o comando e diretorias financeiras de uma estatal como Furnas?”

Essas perguntas que Jarbas promete responder da tribuna do Senado é que ensejam a reflexão a que me refiro no começo dessas linhas.

Assim como Jarbas, João Capiberibe em seus mandatos como prefeito de Macapá e governador do Amapá nunca admitiu ceder aos encantos de José Sarney e repartir seus mandatos com indicados pelo senador maranhense.

Por isso, foi e é perseguido de maneira implacável por José Sarney, que não o perdoa por não ter repartido o poder com ele como faz Lula.

(Chico Bruno)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Capiberibe e Stedile condenam ambição de Sarney pelo poder

O líder nacional do Movimento Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, o ex-senador pelo Amapá, João Capiberibe, a deputada federal Janete Capiberibe (PSB-AP) e a vereadora amapaense Cristina Almeida (PSB) fizeram ontem em São Luís duras críticas ao senador José Sarney (PMDB-AP). Eles condenaram a tentativa de cassação do mandato do governador Jackson Lago (PDT), com base em um processo que deverá ser levado hoje a julgamento no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O ex-senador João Capiberibe criticou Sarney, lamentando que o presidente do Senado pretende a cassação de Jackson para entregar o governo do Maranhão à sua filha, a senadora Roseana Sarney. “É uma lástima que a ambição pelo poder possa levar o senador Sarney a fazer coisas tão condenáveis, tanto contra o povo do Maranhão quanto contra o povo do Amapá”, afirmou o ex-senador Capiberibe. Ele e sua esposa, Janete, tiveram os mandatos cassados, em dezembro de 2005. Na época, foram acusados pelo PMDB do Amapá de pagar R$ 26 pelo voto de dois eleitores na campanha de 2002.

Acompanhado de militantes da Via Campesina e do MST, João Pedro Stedile também condenou a investida do grupo Sarney contra o mandato do governador maranhense: “Estamos todos nós atentos a mais esta tentativa de golpe, que é uma ação dos derrotados, para tentar tomar o lugar dos vitoriosos”. (Manoel Santos Neto no Jornal Pequeno)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Chumbo grosso ou Pinóquio

Dito pelo deputado Ruy Smith(PSB), terça-feira, 17, na Assembléia Legislativa - "O governador não tem pulso, esse é o grande problema do governador Waldez. Ele vem aqui todo começo de ano na Assembléia e mente pra gente durante uma hora pelo menos. E ele não tem pulso, ele prometeu um monte de coisa. Não quero nem ouvir as promessas agora desse segundo mandato, mas do primeiro prometeu um monte de coisas, 10 mil casas populares, uma creche em cada bairro... Aquelas 12 promessas dele, nenhuma foi cumprida. Eu acho que eu vou ter que tirar do fundo do baú aquele apelido que eu dei pra ele, Pinóquio, porque ele vem e mente, mente, mente, e pior, não tem nenhum pulso."
(do Noticias Daqui).

Falta de água e falta de licitação.

O deputado Camilo Capiberibe(PSB), durante discurso sobre a situação da CAESA, lembrou ontem na Assembléia Legislativa que o governo federal disponibilizou desde 2007 dinheiro do PAC para ser investido em saneamento em Santana e até hoje o governo do estado do Amapá não conseguiu licitar as obras. "Queremos fazer um apelo, sabemos que Santana está abrangida com obras do PAC para água desde outubro de 2007, o dinheiro foi disponibilizado para o estado do Amapá e o estado não consegue licitar. Nós estamos assistindo a esse espetáculo da incompetência, da omissão em relação a questão da água no nosso estado. Não conseguem licitar as obras para garantir a água que está faltando na nossa torneira", declarou Camilo Capiberibe.
(Noticias Daqui).

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Janete Capiberibe

A quem interessa a cassação de Lago

As eleições de 2006 representaram um marco na história do Maranhão, pois quebraram 40 anos de hegemonia da família Sarney. O voto popular escolheu Jackson Lago, em vez de Roseana Sarney, filha do ex-presidente, que agora tenta levá-la ao cargo a qualquer custo.

A utilização dos meios legais para impor a vontade dos poderosos, aniquilando seus adversários e destituindo de força e poder a vontade manifesta pelo povo Maranhense é uma afronta à democracia. Nós já conhecemos esse enredo.

O processo de cassação do governador Jackson Lago tem a mesma base fraudulenta que levou à cassação do meu mandato e o do senador João Capiberibe, há três anos. E o mesmo mentor: o grupo político do senador Sarney, presidente do Senado, que foi chamado de corrupto e representante do atraso, pelo senador Jarbas Vasconcelos, na última edição da VEJA.

O processo está baseado em argumentos falsos para que seja aplicado o artigo 41-A da Lei Eleitoral. Essa lei resulta de uma mobilização da sociedade brasileira, mas vem servindo a propósitos contrários aos de sua criação.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Aeroporto de Macapá

Rebuscado e bravo

A jornalista Denise Rothenburg em sua coluna Brasília-DF, no Correio Braziliense de sábado, 14, informa sob o título acima, que a “há quatro meses” o TCU espera receber da Infraero informações sobre o projeto básico do Aeroporto de Macapá, obra embargada por conter indícios de sobre preço de R$ 18 milhões.

O relator do processo, o ministro Benjamin Zymler, enviou em outubro um comunicado à Presidência da República e à Casa Civil informando da “recalcitrância por parte da Infraero em furtar-se a apresentar a adequada documentação”, mas mesmo assim até agora nenhuma informação chegou ao TCU.

Vale lembrar o que escrevi sobre o assunto em 22 de outubro de 2007, sob o título “O patrono da causa”. Eis os trechos que nos interessam:

...Dentre as obras espicaçadas pelo relator uma chama atenção. Está localizada no Brasil distante. No meio do mundo. Um aeroporto que sempre foi desprezado pelas autoridades aeroportuárias, apesar de fazer parte da fronteira do Brasil com a França. Por ali se entrava e saia sem a menor cerimônia. Até a alguns anos nem esteira de raios-X tinha. Tudo em nome de uma de Área de Livre Comércio criada pelo esperto ex-presidente da República, José Sarney, que depois se tornou o “buana” do pedaço, graças à benevolência daquele povo.

Entre 1990 e 2002, uma das promessas do “buana” era dotar o entra em sai pelos céus de Macapá de condições dignas. Nos oito anos de mandarinato de FHC não conseguiu nada. Com a chegada ao poder de Lula, finalmente o ex-presidente Sarney conseguiu realizar o intento e se tornar o patrono da causa, como ilustra em seu discurso do dia 26 de novembro de 2004 o então presidente da Infraero, Carlos Wilson, que saudou o “buana”, durante a solenidade de início das obras com as seguintes palavras:

Poucos dias depois da minha posse na presidência da Infraero, o presidente Lula reiterou-me, diretamente, a importância da construção do novo aeroporto de Macapá e me lembro que ele ainda acrescentou: E temos que fazê-lo rápido.

Pois bem, estamos aqui neste momento assinando a ordem de serviço para a construção do novo Aeroporto Internacional de Macapá. Uma obra que representa um total de investimentos superiores a R$ 113 milhões e que vai gerar mais de 2.400 empregos diretos e indiretos. E que eu tenho certeza, será construída em 30 meses, ou seja, o novo aeroporto estará pronto no final de 2006.

Meu caro senador José Sarney, o novo terminal terá capacidade para atender até 700 mil passageiros por ano. O pátio de aeronaves será ampliado, novas pistas para taxiamento e novo estacionamento de veículos serão construídos. Um novo edifício para o Serviço de Combate a Incêndio e um novo Terminal de Cargas, maior e mais bem equipado fazem parte da obra.

Como sempre fazem os beneméritos, o ex-presidente Sarney trouxe um parceiro para transformar o sonho em realidade. Trouxe a Gautama, de muitas alegrias no Maranhão, para tocar as obras do novo aeroporto de Macapá.

Claro que a Gautama tinha de pagar o pedágio. Como todo bom empreiteiro, reservou um naco dos recursos, segundo a CPI, R$ 52 milhões, para ajudar o patrono da causa a continuar titular do mandato.

Por essas e outras, a Gautama foi pilhada em flagrante pela Polícia Federal na Operação Navalha. Infelizmente o seu patrono, como sempre acontece com os poderosos do país, está livre, leve e solto, com direito a continuar posando de lobo travestido em pele de cordeiro.

Talvez seja pelo padrinho da obra, que o TCU tem tantas dificuldades em finalizar a auditoria nas obras do novo Aeroporto de Macapá. (Chico Bruno).

"Quem governa o país é Lula, mas quem manda é o Sarney"

“Não existe organização criminosa mais bem-sucedida do que a que conta com apoio estatal.”

(Misha Glenny, em ‘McMáfia – O crime sem fronteiras’)

Dos 56 cargos federais existentes no Maranhão, 54 pertencem à “cota” de José Sarney – o partido do presidente da República nomeou apenas dois. Sarney está dando as cartas mais que nunca. Controla áreas do Ministério dos Transportes. Na energia, domina de ponta a ponta. Quer derrubar, no Supremo, o governador eleito pelo povo maranhense e pôr no cargo sua própria filha, Roseana. Com seu poder de nomear, com uma mãozona de Renan Calheiros, que tem nos costados 29 inquéritos tramitando no Supremo, volta a presidir o Senado. E com um filho, Fernando, implicado num escândalo federal, em país algum do mundo Sarney poderia chegar de novo onde está chegando. Do Maranhão ele é dono. E no Brasil, Lula governa, mas Sarney manda.

A ‘bolada’ não explicada – Na sabatina no Teatro Folha, a 26 de agosto de 2008, em que fez um balanço de 50 anos de vida pública, quando lhe perguntaram sobre o papel de José Serra na operação policial no escritório de Roseana (caso Lunus), o senador José Sarney contemporizou, num exemplo de extrema superação.

“Não vou dizer que foi o governador José Serra nem que não foi o governador Serra. Até porque é um fato do passado. Não quero relembrar.” Bem distante daquele José Sarney que ameaçava na Isto É, à época do escândalo: “O Fernando Henrique destruiu minha filha. Vou destruí-lo.” (Palmério Dória)

A verdade de Jarbas.

A revista Veja que está circulando desde a manhã de sábado, 14, traz uma contundente entrevista concedida pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) ao jornalista Otávio Cabral.

Li a entrevista cedo, mas só decidi postá-la no site “Política & Cia. Iltda.” por volta do meio dia.

Em 1994, passando uma temporada no Recife, por diversas vezes conversei com o então prefeito do Recife, Jarbas Vasconcelos, por isso, a entrevista do atual senador pernambucano não espantou.

Ele é uma pessoa direta, franca e que não escamoteia a verdade.

Sua entrevista a Veja é um marco e um tento marcado pelo jornalista Otávio Cabral. Jarbas colocou para fora tudo o que lhe travava a garganta.

Disse o que muito político sério pensa, mas não tem coragem de verbalizar.

Não disse nenhuma novidade. Tudo o que falou é do conhecimento de quem acompanha a política nacional.

Jarbas é o porta-voz de milhares de pessoas que tem o grito de basta engasgado na garganta.

Jarbas colocou seus pares que não prezam pela ética nas cordas. Todos estão se refazendo do nocaute.

Ninguém sabe direito o que falar. Ninguém tem certeza se deve rebater a entrevista de Jarbas ou ficar calado.

Sarney, por exemplo, que estava quieto no seu canto, ruminando as denúncias contra seu filho Fernando Sarney, caiu no conto da vaidade de presidir pela terceira vez o Senado.

O velho lobo travestido em pele de cordeiro colocou sua cara a tapa, mas não esperava por um golpe tão contundente como o desfechado por Jarbas Vasconcelos. O mesmo vale para Renan Calheiros.

Até agora não se ouviu uma palavra sequer sobre a verdade verbalizada por Jarbas Vasconcelos e é bem capaz de não se ouvir, pois é difícil se contestar a verdade.

Tô de volta !!!!

Depois de mais de um mês sem postagens, agora to de volta para colocar as noticias que sai na net do Brasil.
Vou tentar atualizar todo dia o blog, pq é muito difícil por falta de tempo. Vamos ver no que dá.
Que esse ano os politicos se conscientizem e parem de roubar o dinheiro do povo.