quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O Amapá está retrocedendo

Do Sitio do Correa Neto.

A Caesa – Companhia de Água e Esgotos do Amapá, está anunciando para março, como uma grande vitória, a inauguração de um sistema isolado para abastecer a zona norte da cidade. Nós estamos andando para trás. Sistema isolado de abastecimento de água já era coisa do arco da velha, ou do velho se preferirem, desde o primeiro governo Barcellos. Voltar aos sistemas isolados é a gloria do atraso, mas até é possível que seja necessário porque a Companhia de Água está falida, e o governo do Estado rateou entre seus amigos, ou em festas, ou na aparência, ou comprando votos, o dinheiro que serviria para fazer a manutenção da rede de distribuição, comprar as duas bombas que faltam na captação e ampliar a oferta de água tratada para a população.
O governo do Amapá não tem uma lista de prioridades incluindo abastecimento de água, energia de qualidade, educação, saúde, merenda escolar, moradia, geração de emprego e renda, essas “coisas bobas”, das quais as pessoas dependem para viver. As prioridades do governo nada tem a ver com a sociedade. O Amapá não tem um projeto de governo, tem um projeto de poder, e muito ruim. Estamos num reino da “desimportância”. O que vale não é feito, por incompetência ou por corrupção.
Nesta terça-feira pela manhã, a jornalista Cléia Soares, de Laranjal do Jari falava no programa “Café com Notícias” sobre o problema de abastecimento, ou seria do desabastecimento de água, no bairro Samaúma, onde estão as instalações da Expovale. Para fazer a Excpovale foi preciso cavar um poço. Os moradores aproveitaram a presença da equipe da Caesa e conseguiram a abertura de um outro poço, este para comunidade. O poço da Exposição foi tratado, e atendeu as necessidades. O da comunidade está lá, aberto, sem nenhum tratamento pronto para se transformar em mais um criadouro do mosquito da dengue. Não fica claro que, quando o interesse maior é da população o interesse desaparece?
A Caesa é mais um exemplo desse descompromisso social. O poder no Amapá tem certeza de que para ganhar eleição e continuar controlando tudo, basta juntar dinheiro para comprar votos na eleição. Seria assim? O que poderia ser feito com os R$ 8 milhões distribuídos em um dos bairros periféricos da cidade de Macapá, na madrugada do dia da eleição?

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