quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Macapaenses estão tomando banho de “cuia”

“Banho de cuia” irrita deputado Camilo, que exige a regularização no fornecimento de água tratada em Macapá.

“Tomar banho de cuia é um retrocesso para o povo do Amapá e foi a realidade que eu enfrentei hoje de manhã para vir trabalhar”. Com esta frase, o deputado estadual pelo PSB, Camilo Capiberibe, discursou, na manhã desta segunda-feira (10) na Assembléia Legislativa, e resumiu seu sentimento a respeito da falta de água crônica que vem afetando cotidianamente a vida do povo do Amapá.

Ultimamente, a população de praticamente todos os municípios amapaenses e da capital Macapá, na maioria dos bairros, vem sofrendo com a deficiência no fornecimento de água tratada pela Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), obrigando os cidadãos e cidadãs a construírem os poços artesianos e amazonas, muitas vezes sem estudo do terreno, instalando-os próximos a fossas sanitárias, o que pode facilitar o aumento da incidência de doenças que afetam principalmente as crianças, como a diarréia, entre outras.

“Falta água da Zona Norte à Zona Sul de Macapá, além de municípios como Serra do Navio, Pedra Branca, Santana e Calçoene que vêm enfrentando uma grave crise no fornecimento de água tratada. Quando me mudei para a casa em que moro no bairro Jesus de Nazaré em 2005 tinha água 24 horas; em 2006 passou a ter água praticamente só de noite e hoje nem de madrugada tem”, afirmou o deputado socialista.

Camilo disse ainda que há meses não há fornecimento decente de água tratada na casa de milhares de pessoas que já tiveram, como ele, este direito assegurado e perderam.
“Sinceramente, eu não confio mais na Caesa. Hoje estamos entrando no sétimo ano de mandato do governo do PDT e ele não consegue resolver o problema e ainda fica politizando, tentando encontrar culpados no passado ao invés de arregaçar as mangas e trabalhar para resolver o problema”.

Capiberibe disse que o retrato da incompetência é o fato do governo do estado ter disponível em caixa R$ 20 milhões do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC), do governo federal, para normalizar a situação da água no Amapá, e mesmo assim nada se faz.

O socialista também denunciou que um dos maiores responsáveis pela falta de água é o abandono da manutenção da rede de tubulações “a Caesa não faz a manutenção básica do fornecimento de água e a rede está se deteriorando”, criticou.

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