terça-feira, 18 de novembro de 2008

O atraso saiu de lá e chegou aqui

O PIB- Produto Interno Bruto do Maranhão cresceu 5% e ficou acima das médias do Brasil e do Nordeste, informaram o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) na manhã de sexta-feira (14). O crescimento foi registrado em 2006, comparado a 2005.
O PIB que traduz a soma de todos os bens e serviços produzidos em determinado período ou a riqueza do Estado, em 2006, atingiu os R$ 28,621 bilhões de reais a preço de mercado corrente. Em 2005 o total foi de R$ 25,335 bilhões, uma variação de 5%. O crescimento é maior do que as médias do Brasil (4%) e do Nordeste (4,8%).
No item distribuição de renda, o Maranhão apresentou ainda um crescimento de 60,5% em sua renda per capita, ao longo da série 2002 a 2006, mantendo a tendência de crescimento acima das médias do Brasil (43,8%) e do Nordeste (46,3%). Em 2006, o PIB per capita do Estado foi de R$ 4.627,90 por habitantes; enquanto que, em 2005, foi de R$ 4.150,95.
E o que nós, do Amapá, temos a ver com o crescimento do Maranhão? Tudo. Preste atenção.
O ano de 2002 foi marcado pelo final do domínio da oligarquia do atraso no Maranhão. Foi o ultimo ano do governo Roseana Sarney, substituída pelo também integrante do grupo Sarney, José Reinaldo Tavares. Então alguém lá de cima decidiu abrir os caminhos do povo maranhense. Roseana entendeu que continuaria sendo governadora, a mulher de Zé Reinaldo expulsou Roseana do Palácio dos Leões e já em 2003 o Maranhão começou a crescer, para alcançar os índices que atingiria em 2007. E aí vem a relação com o Amapá.
Em 2002 Sarney já andava por aqui, mas não dava ordens. Ele começou a mandar quando Waldez Góes assumiu. Foi então que a visão do “pogreço” do velho “coroné” prevaleceu, e começou aqui a construção do “Amapá do futuro”, igual ao do Maranhão do passado. Os índices começaram a baixar e a qualidade de vida despencou, na mesma medida em que os integrantes do grupo do poder enriqueciam grilando terras, plantando melancia, estendendo tapetes para “empresas” que vinham abrir de três a cinco mil empregos e foram embora deixando o rombo das contas não pagas, fazendo doação de estrada de ferro para dono de mineradora, roubando dinheiro da compra de remédios para os pobres, distribuindo cestas básicas de um programa federal como moeda de troca por votos, mantendo a mídia calada, alimentada por gordos chegues da merenda escolar superfaturada, cultivando a miséria, que é muito mais fácil de manipular.
Quem tiver alguma dúvida sobre isso, consulte os dados oferecidos por instituições nacionais de respeito, e descubra o que vem acontecendo neste Estado nos últimos anos.

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