segunda-feira, 17 de novembro de 2008

PIB do MA cresce 5% e fica acima das médias do Brasil e do Nordeste

Jornal Pequeno

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) divulgaram, na manhã desta sexta-feira (14), o crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão de 2006 em relação a 2005. Os números foram anunciados, no auditório da Secretaria de Estado de Planejamento e Orçamento (Seplan), durante apresentação do relatório anual, que contou com as presenças do secretário de Planejamento, Aziz Santos, e do chefe da unidade estadual do IBGE, Pedro Guedelha.

Segundo o relatório, o PIB do Maranhão, soma de todos os bens e serviços produzidos em determinado período ou a riqueza do Estado, em 2006, atingiu os R$ 28,621 bilhões de reais a preço de mercado corrente. Enquanto que, em 2005, apresentou R$ 25,335 bilhões, uma variação de 5%. O crescimento é maior do que as médias do Brasil (4%) e do Nordeste (4,8%).

O Maranhão registrou, em 2006, o 12º maior crescimento (variação real anual) no PIB, dentre as 27 unidades da federação, e foi o 5º no Nordeste. A participação do Estado em relação ao Produto Interno Bruto do Brasil pulou para 1,21%. Em 2002, era de 1,05%; em 2003, de 1,09%; em 2004, de 1,11%; e em 2005, de 1,18%.

A posição do Maranhão no ranking dos estados não sofreu alteração em relação ao ano anterior. Segundo o relatório, ele continua em 16º lugar. Os números indicam que as exportações do Estado atingiram, em 2006, 7.762.891 toneladas, no valor de US$ 1.712.702 (mil dólares FOB) - 14,10% maior que o ano anterior - devido ao aumento nas importações de manufaturados como combustíveis e lubrificantes.

Os números mostram também que, apesar do problema histórico da distribuição de renda, o Maranhão apresentou ainda um crescimento de 60,5% em sua renda per capita, ao longo da série 2002 a 2006, mantendo a tendência de crescimento acima das médias do Brasil (43,8%) e do Nordeste (46,3%). Em 2006, o PIB per capita do Estado foi de R$ 4.627,90 por habitantes; enquanto que, em 2005, foi de R$ 4.150,95.

Com relação à população, o Maranhão ocupa a 10ª posição no ranking dos estados com 6.184.538 habitantes (mais de seis milhões). Em 2005, era de 6.103.327 habitantes.

Avaliação positiva – Segundo o secretário Aziz Santos, o crescimento de 5% do PIB do Maranhão, ficando acima das médias do Brasil e do Nordeste, é significativo e muito positivo, já que o Estado irá se desenvolver, mais ainda, com a chegada de empreendimentos de ponta nos próximos anos. “Outro número que merece destaque é o da participação do Maranhão no PIB do país, que agora está em 1,21%, levando-se em conta que, em outros anos, era de cerca de 1%”, afirmou.

Aziz Santos destacou ainda a tendência de desenvolvimento do setor industrial, que foi o que mais cresceu em 2006. “Este setor crescerá, mais ainda, até o final do governo Jackson Lago, quando vários empreendimentos de ponta vão estar instalados no Maranhão, gerando emprego e renda, e teremos um porto melhor estruturado, que deve se tornar o segundo do país”, frisou.

O secretário de Planejamento disse que o grande desafio da economia maranhense é a distribuição de renda, ou seja, aumentar o PIB per capita, que ainda é baixo em relação a outros estados do país. “Temos que elevar o nosso PIB, mas precisamos, com urgência, distribuir melhor a renda, de forma mais harmônica e mais equitativa, para que a população se beneficie desse crescimento real”, explicou.

Para o representante estadual do IBGE, Pedro Guedelha, o crescimento do PIB do Maranhão é positivo. Segundo ele, uma variação de 5% é considerável, tendo em vista que a média de variação do Brasil foi de 4,0% e a do Nordeste, de 4,8%. “Quero ressaltar ainda o trabalho sério e dedicado para chegarmos ao relatório anual do PIB. É uma atividade complexa, pois mexe com todas as riquezas do país. Vamos agora iniciar as análises para o PIB de 2007, que será divulgado no ano que vem”, disse.

Setores produtivos - O representante do Imesc, Sadick Nahuz, fez uma explanação sobre a participação da distribuição setorial, no valor adicionado (VA) bruto do Maranhão por atividades econômicas, ao longo da série de 2002 a 2006. A área industrial foi a que mais cresceu, numa variação de 4,5% em relação a 2005, passando de 17,2% em VA bruto para 19,6%. Os destaques vão para os serviços industriais de utilidade pública (3,4%) e para a construção civil (10,5%).

Segundo Sadick Nahuz, a agropecuária, em 2006, representou 16,6% do VA bruto do Estado, com maior peso para a lavoura temporária, silvicultura/exploração florestal, pecuária, pesca e lavoura permanente. Já no setor de serviços, a participação no VA bruto do Estado passou de 65%, em 2005, para 63,8% em 2006. A perda foi motivada pela diminuição da atividade de comércio e serviços de manutenção e reparação de 16,6% em 2005 para 14,5% em 2006.

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